O próximo encontro europeu vai ser em Roma, e os nossos oito patuscos já quase nos convenceram a ir de avião passar o Natal a Portugal, seguindo depois no autocarro com eles para Roma. Seria bem mais fácil e barato voarmos de Berlim para Roma, mas eles - serão budistas? - dizem-nos que o mais importante é o caminho.
O Joachim deixa-se tentar, "podíamos ficar em casa do nosso amigo Enzo", pensa ele em voz alta, e à volta da mesa as mãos vão-se levantando uma a uma, "eu também" "eu também" "eu também".
Gargalhada geral. Sim, a viagem no autocarro deve ser uma festa.
Ontem, depois da oração do fim da tarde, chegámos à conclusão que o projecto de ir comer qualquer coisa a um restaurante, antes da vigília da passagem do ano, ia ser difícil de realizar. De modo que fomos ao russo comprar pelmeni (que seria de nós sem o supermercado russo?) e viemos todos para nossa casa comê-los. Dezoito pessoas ao todo. A seguir ao jantar largaram em cantoria, galhofa e dança. Se são sempre assim quando estão juntos, acredito que a viagem de autocarro seja mesmo uma festa.
Acabaram de sair. Daqui a nada irei mostrar o centro da cidade a um grupo de miúdos de Lisboa, que virão depois jantar cá a casa. Este meu segundo turno regressa amanhã, e então acaba-se "Taizé em Berlim". A cidade vai ficar um bocado estranha.
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