Olá, Rita
uma leitora deste blogue, a "Interessada", deixou um poema de Eugénio de Andrade num post anterior (obrigada, Interessada! Como é que sabia que este é um dos meus - poucos - poetas?)
As Amoras
O meu país sabe as amoras bravas
no verão.
Ninguém ignora que não é grande,
nem inteligente, nem elegante o meu país,
mas tem esta voz doce
de quem acorda cedo para cantar nas silvas.
Raramente falei do meu país, talvez
nem goste dele, mas quando um amigo
me traz amoras bravas
os seus muros parecem-me brancos,
reparo que também no meu país o céu é azul.
[ Eugénio de Andrade ]
Outro dia, depois da praia e da internet, o Matthias e o amigo que veio com ele soltaram-se pelas silvas ao longo dos caminhos como dois cabritos felizes - em busca de amoras. Chegaram a casa todos arranhados e com uma caixinha cheia delas, a fazer contas aos bolos e às compotas que podiam fazer. Mas nós fomos mais rápidos: näo passaram do jantar.
2 comentários:
Pareceu-me que amoras bravas e maçãs eram uma associação quase perfeita :)
:-)
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