04 abril 2011

taxista

Hoje vou andar feita taxista. Começou de madrugada, para levar o Joachim ao trabalho, para ficar com o carro, para levar a Christina à médica (está com uma comoção cerebral por causa de uma bolada que levou; tem melhorado muito, mas ainda não consegue ler - se isto continua assim, só lhe restará fazer carreira como modelo fotográfico) (eu avisei que hoje ando feita taxista), para trazer a Christina de volta à cama, para levar o atestado à escola, para ir levar o carro ao Joachim.
Depois volto para casa de transportes públicos, mas até aí vou poder fazer todos os comentários primários que me apetecer. Até já tenho os olhinhos a brilhar só de pensar no fartar vilanagem que pode ser.
Hehehe.

De madrugada, no regresso para casa, tive de esperar numa ruazinha porque a condutora à minha frente queria estacionar o carro. Chega à frente, chega atrás, mete mais para o meio da estrada, faz uma curva como quem quer meter de viés por cima da caldeira da árvore, e eu "aimêdês, pobres pneus", e ela chega mais à frente, e curva menos pronunciada, e eu "aimêdês que ela vai direitinha às barras de metal que protegem o canteiro!", e ela isso mesmo, direitinha, e eu apito mas ela não pára, puum! contra a barra de metal. Nem sei se reparou, porque arrancou logo e seguiu. No cruzamento seguinte parou, indecisa sobre o lado para onde virar, e eu parei ao lado dela para lhe explicar porque tinha apitado, abri a janela, ela olhou para mim, barafustou, arrancou a toda a velocidade e foi-se embora. Eu pensei "mulheres!" (eu avisei que hoje ando feita taxista) e fui à padaria. Estacionei o carro, saí, e só então me lembrei que não tinha dinheiro. Mulheres...
Tenho de ir ver para que lado se virou a lua, que este dia está-me a começar esquisito.

3 comentários:

Ant.º das Neves Castanho disse...

As melhoras e um beijinho para a Cristina...

Gi disse...

Lua nova, Helena, lua nova.
[Mulheres! ;-)]

Agora mais a sério: eu acho que as más condutoras mulheres têm características semelhantes, mas diferentes das dos maus condutores homens. Normalmente pecam por falta de ousadia, e eles por excesso. Deve ser coisa relacionada com a testosterona.

Helena Araújo disse...

A. Castanho,
obrigada. Só agora cheguei a casa, e a miúda ficou no hospital. Querem passá-la a pente fino.

Gi,
pois é, isso mesmo!