Ando há duas semanas a pensar que devia comprar imediatamente os ingredientes para todos os sushi que quero fazer nos próximos 3 anos. 300 anos. 3000 anos.
O arroz, as folhas de algas secas, o vinagre especial, etc.
Só por causa das coisas.
Ando há duas semanas a adiar, porque me sinto assim uma espécie de primeiro rato a abandonar o barco japonês.
Para mim, não passa de um detalhe: sushi ou não sushi. Um detalhe que, ao tocar levemente a minha vida, me ajuda a vislumbrar a dimensão da tragédia que se está a abater sobre aquele país.
E aqui está um bom tema para a próxima quinta-feira santa: a comunhão do pão - a comunhão das angústias - a comunhão do destino.
(Sim, sim: acusem-me de embarcar ingenuamente no sensacionalismo das notícias. O caso é que o governo japonês só agora - mais de duas semanas e várias explosões mais tarde - começou a pensar em deslocar as populações para a distância de segurança procurada pelos engenheiros alemães no próprio dia em que os problemas começaram. Com transparência de informações e decisões rápidas como estas, que confiança pode restar?)
2 comentários:
Que bonito, Helena:"tema para a próxima quinta-feira santa: a comunhão do pão - a comunhão das angústias - a comunhão do destino." Espero que muitos peguem nele
Obrigada, Lucy.
Quem gosta de comer sushi vai perceber, de certeza!
;-)
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