07 dezembro 2010

há mensagens assim

Há mensagens tão universais, que até em chinês se entendem.
Andava à procura de um filme com a célebre cena em que o chanceler alemão, Willy Brandt, ajoelha em frente ao gueto de Varsóvia, e encontrei isto:



Fez ontem quarenta anos: 7 de Dezembro de 1970.

***

Ao segundo 24 do filme há uma cena que julgo reconhecer: quando os americanos chegaram a Buchenwald e viram todos aqueles horrores, perguntaram aos habitantes de Weimar: então como é, e eles responderam: o quê? ai, não me diga, e nós aqui sem saber de nada...
Pelo que o comandante americano os obrigou a fazer uma pequena excursão até ao campo, para aumentarem um bocadinho a sua cultura geral - são essas pessoas que se vêem a desfilar junto a um monte de cadáveres.
Depois os russos reabriram o campo, e a população de Weimar continuava a fazer questão de não querer saber, mesmo muitos anos depois de os prisioneiros dos russos terem saído de Buchenwald.

Não é que a população de Weimar seja diferente das outras. Nas mesmas condições, o que é que cada um de nós faria?

Já viram o filme "Sophie Scholl"? Uma grande resposta a esta pergunta.

E o exemplo de Willy Brandt: assumir o horror do passado como dever de construir a reconciliação.

2 comentários:

sem-se-ver disse...

sim
e
sim

(duas últimas frases)

Helena Araújo disse...

O Sophie Scholl é fantástico, não é?
Ela morre, mas uma pessoa não sai do cinema sentindo-se vencida e amargurada.