Dizem-nos que aumentou o risco de a Alemanha sofrer um ataque terrorista. Um adolescente berlinense conta-me que descobriram algures um pacote que pode ter uma bomba, e comenta: "pode ser que seja apenas uma histeria".
Enquanto houver este saudável distanciamento, bem vamos.
6 comentários:
Já te contei a minha História da Ameaça de Bomba? Vinha de Zagreb para Munique com a LH e poucos minutos antes de aterrarmos fomos avisados que havia uma ameaça de bomba no avião mas que por favor não entrássemos em pânico. Só tínhamos que sair do avião o mais depressa possível e afastar-nos para o mais longe que pudéssemos. Ninguém ligou muito. O avião parou longe de tudo, saímos, polícia e bombeiros estavam à espera com os seus arsenais, hospedeiras e comissários de bordo (nunca entendi por que é que não se diz hospedeiros) mantiveram a calma e o sorriso, fomos levados para o interior e passados alguns minutos recolhemos a bagagem. Simples.
Boa história, Paulo.
Uma vez, amigos meus estavam na Filarmonia a ouvir pacatamente o Lunch-Konzert, e no fim a loja não abriu e apareceram uns assistentes a dizer às pessoas que saíssem do edifício. Quando chegaram cá fora, ainda precisaram de algum tempo para se darem conta que o telhado da Filarmonia estava a arder...
Volta e meia dizem-nos que aumentou a probabilidade de um ataque terrorista. Mas a vida continua normalmente. Antes assim. Para medo generalizado, de tudo e de todos, já me bastou a época entre o 11 de Setembro e o cancelamento que fizemos da assinatura San Francisco Chronicle...
Uma vez também tive uma ameaça de bomba no Teatro de São Carlos. Logo no início da récita de "Les Troyens", de Berlioz, assistiu-se a uma grande azáfama no palco, ninguém sabia se havia de entrar se havia de sair. O maestro parou tudo e ouviu-se uma voz que nos pedia que deixássemos o teatro calmamente e aguardássemos até que a brigada de minas e armadilhas tivesse terminado o seu trabalho. Ninguém ligou, veio tudo cá para fora conversar e fumar alegremente. Passados uns minutos estava eu a poucos metros da Cassandra e do Eneas que também não pareciam nada preocupados com a história. Achei um bom sinal. Se houvesse um cavalo de Lisboa lá dentro, Cassandra certamente no-lo diria.
Paulo,
:-)
Houve uma altura em que alguém achou graça a fazer ameaças de bombas durante os exames da faculdade. Devia ser do meu ano, não estudava, e zimbas, arranjava assim maneira de ter mais uns diazitos. Até que - lá para a terceira ameaça, ou seja, o terceiro exame gorado - um professor se chateou, e nem sequer reagiu. Acabaram-se as bombas.
O pior é se um dia é mesmo o lobo.
Sim, também pensei isso nesse dia: grande responsabilidade!
Por outro lado, e falando agora da ameaça de terrorismo: a probabilidade de morrer num acidente de automóvel é muito maior, e não é por isso que as pessoas ficam em casa debaixo da cama.
Eu, por exemplo: mando este comentário, e ponho-me a caminho da Pfalz agorinha mesmo...
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