21 outubro 2010

mais um belo post

Este é do nosso embaixador em França:
("nosso", diz ela, com um irreprimível sentimento de orgulho pátrio)

Passo o texto integral:


Uma questão de justiça

Um esforçado colega de serviço público, de seu nome António Martins, expoente sindical de um "órgão de soberania", por via da profissão que, nomeadamente, decretou, há pouco, a indisputável inocência dos acusados do "Apito Dourado" e que acaba de atestar, para sossego de todos nós, a imaculada pureza de intenções do senhor Domingos Névoa, um estimável cidadão de Braga vilmente acusado pelos irmãos Sá Fernandes, houve por bem afirmar que as medidas de restrição salarial, que injustamente acabaram por ferir a sua nobre casta, mais não configuram do que uma objetiva intenção de coartar a eficácia da máquina judicial, a qual tem mobilizado, com uma coerência que o país testemunha com diária admiração, sangue, suor, férias especiais e ajudas de muito custo.

Que as mãos lhe não doam nunca, companheiro Martins!

4 comentários:

Rita Maria disse...

Ele é fantástico, nao é? Se aquele equilíbrio, o nível elevado da discussao e a moderaçao (atente-se, Rita Dantas a louvar a moderaçao) se estender ao resto do nosso corpo diplomático, nao sei se nao era de trocar os nossos políticos pelos nossos diplomatas. Uma perda para as relaçoes internacionais, mas se calhar valia a pena.

PS: Já sei o que vais dizer - "E os jornalistas?". Sugiro que lhes concedamos um mês à experiência com os políticos novos.

Helena Araújo disse...

Hehehe para os jornalistas. Hihihi.

Quando estava a escrever este post, pensei que irias rebater: ele é simplesmente normal, os outros é que são enfim como direi.
Fico muito contente por concordares comigo. Abrimos uma petição, para ele concorrer à Presidência?
;-)

Rita Maria disse...

Achas? Coitado. Temos de os substituir todos de uma vez. Ou pelo menos metade. Senao a turba come-os vivos, como aconteceu a tanta gente válida que jurou para nunca mais.

Helena Araújo disse...

Pois é, tinha-me esquecido disso.
Como me pude esquecer é que é um grande mistério. Sobretudo nesta semana, em que vi a turba a tentar falar da Angela Merkel como se habituou a falar dos políticos portugueses...