Tenho andado a pensar num esquema para que as famílias não gastem tanto dinheiro em livros escolares. Ocorreu-me criar um serviço na internet para que as escolas ofereçam umas às outras os livros de que já não precisam.
Assim:
- Em cada escola, no fim do ano lectivo, os alunos entregam os livros de que não precisam mais.
- Um grupo de professores ou pais regista no serviço da internet o título dos livros, a quantidade, e o estado de conservação.
- No princípio do ano lectivo, as escolas consultam a lista dos livros disponíveis para oferta, e fazem as suas encomendas. A escola que os envia dá prioridade àquela que ofereceu mais livros e em melhor estado. Ou seja: quantos mais livros uma escola der, mais probabilidades tem de receber aqueles de que precisa.
- A escola que recebe os livros paga os custos do correio e a taxa do serviço da internet.
- A escola que recebe os livros atribui uma classificação à escola que os enviou (estado dos livros corresponde ao descrito / rapidez no envio / facilidade de comunicação)
Perguntas:
- Há interesse num sistema destes?
- Há nas escolas portuguesas professores e pais dispostos a fazer este trabalho? (nas escolas alemãs sei eu que há)
- No início do ano lectivo sabe-se em todas as escolas quais são os livros necessários, ou o arranque varia de professor para professor?
- O critério para entregar os livros a uma escola devia basear-se na quantidade de livros em oferta, ou na quantidade de livros realmente enviados? (quer dizer: uma escola podia oferecer milhares de "monos" que já ninguém quer, e ficar assim à frente na tabela)
Vá: que me dizem?
3 comentários:
Já não estou dentro do assunto há algum tempo, mas o que os pais mais se queixavam era de os livros estarem sempre a mudar, e nem sequer darem de uns filhos para os outros. E não, provavelmente não há interesse num sistema desses, pois iria estragar o negócio às editoras... (e penso que pelo mesmo motivos mudem frequentemente a lista de livros)
Claro que do ponto de vista de quem paga a conta... seria uma maravilha... :)
Obrigada por responderes, snowgaze. Este meu inquérito sociológico está-me a sair completamente furado.
Desconfio que só aqui estamos as duas...
O que as editoras pensam preocupa-me pouco. Uma coisa destas seria feita sem lhes pedir autorização.
E pois claro que era nisso que estava a pensar: as famílias dão aquilo de que não precisam para receber em troca livros que lhe iriam custar muito dinheiro.
Parabéns pela ideia que é brilhante e dará trabalho a vários/as desempregados/as para muitos anos!
Ora bem...
Em Portugal já não há manual único há mais de 30 anos, os livros adoptados agora têm um prazo de vigência de 4 anos lectivos e dão para os irmãos, primos e vizinhos mais novos, desde que frequentem a mesma escola.
Muitas escolas emprestam livros escolares a partir das suas salas de estudo ou bibliotecas.
Muitos alunos são subsidiados e os livros que lhes são entregues não são devolvidos.
Também vale a pena dizer que já temos manuais virtuais, on-line ou em CD.
Um grande abraço! ;)
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