No amor e outros desastres andou-se a falar da Luiza do Tom Jobim (que me toca alguma corda sensível, ahuuuu! ahuuuu!, ó pra mim a uivar).
Fala-se em Jobim, e eu lembro logo uma das exposições mais especiais que já vi. Estava no Rio de Janeiro, em 2002: "a arte e o som de Jobim".
Inspirada em cada uma de 80 músicas de Jobim havia uma obra de arte plástica. Ao lado, a letra da canção e os auscultadores com que se podia ouvir a música.
As pessoas paravam em frente a cada objecto, olhavam, cantavam com pouca voz e muito sentimento, arrebatadas para dentro de si próprias. Cada canção revelava o olhar de um artista e os muitos olhares das pessoas que paravam para soltar recordações, uma ou outra lágrima, sorrisos ternos.
Nunca vi uma exposição tão plena de sentidos e encontros - uma exposição feita sobretudo pelos seus visitantes.
2 comentários:
Ah amiguinha, vai uma correria de visitas pelo A&OD! Muito obrigada, pois então. Bom, bom foi quando eu vi e ouvi o Tom Jobim nos Jerónimos. Inesquecível. Beijo e iauuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu
Eu tenho tanto poder?!
Olha: de nada!
Sorte a tua ter visto o Jobim ao vivo! E, já agora, também viste o João Gilberto? Eu com esse nem me atreveria a entrar na sala - consta que ele fica chateado com ruídos, e não sei se seria capaz de uivar tão baixinho que ele não ouvisse. ;-)
Eu vi uma vez os que cantavam com o Jobim, o grupo carioca, num barzinho em Ipanema. Muita saudade, muita saudade, mas as vozes já não eram o que tinham sido.
É estranho vermos a fragilidade humana desses monumentos da nossa História.
Enviar um comentário