15 junho 2010

coisas da vida

Esta manhã a Christina partiu um osso do pé quando estava a saltar à corda.

Ainda não conseguiu parar de rir de si própria.
"A saltar à corda!", diz ela, "hihihi, a saltar à corda!"

***

Estou desde as seis e meia da manhã de serviço à família: passar uma camisa para o Joachim (como é que vocês fazem? eu de momento não me dá jeito nenhum passar a ferro, porque na tv só passa futebol), levar o Matthias à escola porque ontem foi vítima de um caso cartão vermelho no treino e agora anda a coxear, coitadinho, até parece o Ballack, depois ir para o outro lado da cidade em busca do casaco que o rapaz perdeu numa loja do cidadão, para saber que a loja do cidadão não enviou casaco nenhum para o centro de perdidos e achados, e eis senão quando me telefonam a dizer que tenho de regressar ao outro lado da cidade porque a Christina teve um acidente na escola. Enquanto isso, todo o trabalho que tinha previsto fazer hoje...
- Deixem-me trabalhar!
Como será que fazem as pessoas com filhos e trabalho das nove às cinco?

9 comentários:

Ant.º das Neves Castanho disse...

Ó Helena, tu não me assustes, que ainda por cima só eu é que guio lá em casa!... Por enquanto os Infantários vão dando conta do recado, excepto no dia em que o César caíu de tola no chão e a Ju teve que deixar a loja e ir buscá-lo, a pé claro, a meio da tarde. Felizmente sem consequências, só um galo na testa. Senão, pois quem trabalha das nove às cinco tem mesmo de ir tirando dias das férias quando acentecem esses acidentes... As melhoras rápidas para a Cristina.

Rita Maria disse...

Neste país nao funcionava, mas noutro mi madrecita faz assim: sai quando é necessária a sua presença temporária, mete baixa por assistência à família quando é preciso (até um número limite que nao sofre qualquer aumento por teres cinco filhos em vez de um) e manda cada um procurar o que perdeu e passar o que lhe pertence (é mentira, o meu padrasto como é quem tem camisas dessas acaba por passar o resto também).

Rita Maria disse...

Ah, e conheces a Bürgersuche do Fundbüro?

Lucy disse...

A minha solidariedade nestes momentos perturbados em que a camisa por passar não encontra oportunidade. Um abraço à Christina pela forma como encara as (a)tribulações.

mcst disse...

E então, Christina, ainda dói?
Espero que não!
Um abraço solidário de quem sabe o que são ossos quebrados...
Beijos e festinhas.

Quanto à camisa, pode ficcar por passar, é quase moda. ihihihih...

C. J. disse...

Pior... como será que fazem as pessoas que têm filhos e trabalham por turnos e aos fins de semana e só tem uma folga quase todas as semanas?... Um abraço.

Helena Araújo disse...

A todos:
Obrigadas!

Os ossos já não doem. Aliás: só
doeram mesmo no primeiro momento.

Durante uma semana tem de andar com gesso, depois dão-lhe uma bota ortopédica.
Prada?, perguntei eu.
Sim, e com aplicações douradas, respondeu a enfermeira.
Para que conste que os alemães afinal têm sentido de humor...

snowgaze disse...

Fácil. Delegar. Relativizar. Prioritizar. As coisas importantes vêm primeiro, as outras podem nem vir a ser feitas (a camisa ia para o fundo da pilha). Se há mais quem possa fazer, pois que faça, que muita coisa distribuida por muita gente dá pouca coisa a cada um. ;)
(Ainda assim, ando sem tempo...)

Helena Araújo disse...

A camisa ia para o fundo da pilha?!
Ai meu rico casamento pelo cano abaixo...

Nós temos divisão de tarefas. O Joachim trata da papelada (impostos e essas secas) e eu trato da roupa. Acho que tenho ficado a ganhar. Mas em chegando a véspera de um congresso ou uma reunião importante, e em pondo eu cara de "vou já passar, não te preocupes...", ele preocupa-se, e então pergunta - vá, calateboca, Heleninha, já estás a falar demais.