08 maio 2010

com o coração nas mãos

O Joachim decidiu à última da hora que queria ir ver o jogo de futebol da equipa berlinense, o Hertha, contra o seu querido Bayern München.
Levei-o ao estádio olímpico, e daí a nada estava-me a ligar: que tinha arranjado um bilhete, mas tinha de ser muito discreto porque estava no bloco dos fãs do Hertha.

Aimeudeus, estou aqui com o coração nas mãos.

Que eu bem sei como ele é. Como daquela vez em que estava a ver um jogo de futebol em Portugal, lá no café da aldeia, e era o único que saltava quando a equipa dele fazia uma boa jogada. Os homens miravam-no como se estivessem a ver um marciano, ele fazia de conta que não estava ali, e para comemorar os golos alemães mandava servir cerveja a todos. De modo que a partir do terceiro golo, mais passe menos passe, ficou com boa fama na terra. Que até o filho da vizinha veio para casa comentar que "o médico alemão afinal é porreiro".
Pois é, é, Tomé. Felizes os que acreditam sem beber.

(Espero que o Bayern hoje não meta muitos golos, que naquele estádio a cerveja é cara.)

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