01 abril 2010

detalhando: (terceiro dia)

Desta vez não vou detalhar muito, porque há pouco para detalhar e não tenho tempo - daqui a nada estamos a sair de novo, desta vez para França.
Isto é um stress que não se aguenta...

Portanto:
Domingo de manhã: levantar tarde, em dia de mudança da hora, e perder o pequeno-almoço no hotel. Sair desvairados para chegar a tempo da uma exposição sobre Hopper, que tínhamos combinado ver com amigos.
Sobre o Hopper, nada de novo: a luz como sinal de uma ausência, o voyeurismo, as diagonais mais belas, um pintor que se procura a si próprio na sua obra. Ah, e os nus feitos com a sua mulher como modelo. Era um bom marido: pintava-lhe a cara a envelhecer, mas o corpo continuava deslumbrante, mesmo aos 70 anos.
À entrada, tinham o cenário de Nighthawks, para o público entrar nele e fazer fotografias, sentado ao balcão mais famoso do século XX (e talvez até dos anteriores).

Almoço no terraço do monumento a Victor Emanuel II. A comida não é grande coisa (de facto, até em minha casa se come melhor comida italiana) mas a paisagem é deslumbrante:



Resolvemos ir comer a sobremesa ao Giolitti, mas nesse domingo todos os romanos e mais todos os turistas tiveram a mesma ideia. Desarrisca, portanto, que não nos dava jeito perder o avião por causa de um gelado. Além disso, engorda. Além disso, deitei uma vistinha de olhos para a montra, e estavam todos verdes.

Regresso, passando pela via Condotti e pela praça de Espanha, com as escadas apinhadas de gente. Muito gostava eu de saber como é que eles fazem para estarem todos ao mesmo tempo na Giolitti e nas escadas de Espanha!



E depois regressámos a Berlim, e estava a chover.

Adenda: era Domingo de Ramos, e havia nas ruas um número incrível de pessoas com um raminho de oliveira. Só me lembro de ter visto esta profusão de ramos na aldeia da minha avó. Às tantas, serão mesmo católicos?

2 comentários:

jj.amarante disse...

Depois duma viagem à Alemanha disse a um italiano que tínhamos achado a comida dos restaurantes italianos na Alemanha muito boa. Ele tinha também boa impressão desses restaurantes, dizia que os alemães eram muito exactos na execução das receitas e não poupavam nos géneros...

antuérpia disse...

Acabei agora mesmo de ler todos os três posts, Helena. Obrigada. Isto é o que eu chamo um relatório pormenorizado e intensíssimo. Vou registar que está aqui um delicioso guia, cheio de dicas ainda por cima, para a minha sempre-prevista-sempre-adiada-viagem-a-Roma:)).