Esta manhã Hopper pintou as ruas de Berlim: as formas das casas muito nítidas num exagero de luz fria.
E à tarde aconteceu uma espécie de milagre: céu azul, sol radioso, muita luz, e neve.
Tão inesperado, que por uns momentos imaginei que seria já o pólen das árvores.
Se nevasse no nevado, incomodava-me. É que passámos os últimos dois meses a avançar cuidadosa e vagarosamente sobre gelo - de tal modo, que uns engraçadinhos começaram a dizer que os glaciares não estão a derreter, simplesmente mudaram-se para os passeios e as ruas de Berlim.
Mas essa neve derreteu, e estamos prontos para a próxima. Digo eu, mas não fiz uma sondagem.
3 comentários:
bonito post. por aqui, cinza e mais cinza e mais cinza. já não se aguenta a diária conversa de elevador sobre a chuva que nos assola.
Obrigada.
Hoje amanheceu Van Gogh radioso, mas agora está escola flamenga antes de eles terem fugido todos para o Sul.
E não se queixem muito, ó portugueses. Vocês não sabem o que é passar dezassete dias seguidos sem ver o sol, sem ver uma nesguinha que seja de céu azul.
Aconteceu aqui, entre Dezembro e Janeiro. Record de um século, ao que consta.
(Ainda não comprei a minha t-shirt cinzenta a dizer
I survived (etc.)
pensando bem, ainda ninguém se lembrou de a vender. Estes alemães não têm mesmo sentido do negócio! Fossem eles americanos, e...
Parece que foi questão de horas até na Califórnia começarem a vender t-shirts "I survived" para o terramoto de Loma Prieta)
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