Dada a acesa concorrência que vai no concurso da Barbearia, e dada a qualidade dos burros que lá andam, salvo seja, e dado que até já começaram a tentar pressões, a única solução que se me afigura é apelar ao sentimento nesta época de boa vontade.
Ó Senhor Figaro, atente-me aqui neste burrinho provençal (sim, da criação de Robert Canut, lou santonejaire, meilleur ouvrier de France e tal) (até parece que estou a vender o presépio na e-bay) e, como ia dizendo, atente-me neste burrinho provençal que foi enviado a contragosto para o Norte. Se fosse para Nord Pas de Calais ainda é como o outro, mas o desgraçado foi parar à Prússia!
Deitei-o em palhinhas de alfazema a ver se as saudades abrandam, mas não adianta. Está tão triste, tão mirradinho, com o olhar perdido na nostalgia do sul...
E por isso desinteressadamente peço: façam-lhe o favor de um prémio, com um chequezinho que me permita levá-lo à terra matar saudades e regressar depois, retemperado, ao posto de trabalho.
Agradecidinha,
Helena
(a altruísta)
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