No meu grupo de "Exercícios espirituais para o Advento" há uma mulher, mãe de quatro filhos e avó de uns tantos netos, cujo marido decidiu recentemente recomeçar a vida com uma mulher bem mais nova.
Ontem contava ela:
No supermercado onde costumo ir, há uma empregada muito antipática, que não gosto nada de encontrar. Sempre de má cara, sempre de maus modos, insuportável. Durante uns tempos não a vi, e disseram-me que mais de metade do pessoal estava doente, talvez com gripe A. Ontem entrei na loja, e ela estava lá. Sem pensar, saíu-me boca fora uma frase assim: "Ai que bom que voltou! Disseram-me que esteve doente!"
Ela abriu um sorriso, e contou que tinha sido um caso sério, que chegara a temer que a tosse nunca mais passasse. Retorqui-lhe que também eu estava a sair de uma doença semelhante, e sorrimos, desejando-nos mutuamente as melhoras.
O mais estranho é que não planeei - nem alguma vez isso me teria passado pela cabeça - dizer-lhe algo simpático. Aquelas palavras brotaram de mim sem passar pelo cérebro.
A mulher de quem eu tinha medo! Se ia às compras, olhava primeiro pela montra para ver se ela estava lá dentro, entrava no supermercado assustada. E afinal...
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