Analisando os conteúdos e o tom de voz, parece-me que esta professora tem alguns problemas pessoais graves para resolver.
Isto não é o Ensino em Portugal, isto é uma pessoa em situação de sofrimento e que precisa de ajuda.
A notícia no Público fala em alusão a orgias sexuais. Na gravação da SIC ouvi frases inacreditáveis: "Sabes como é que a minha mãe me rebentou o hímen na vagina?", "E não estou a dizer nada de errado; se os vossos pais não vos disseram, é porque NÃO VOS SABEM EDUCAR", etc. - se me obrigassem a assistir a isto durante uma hora, saía de lá doente.
O que assusta mais é que a situação se arrastou três anos. Quantas turmas, quantas centenas de crianças foram traumatizadas por um assédio moral com esta dimensão catastrófica, sem que a escola tivesse meios para reagir?
A questão interessa-me bastante - é que também não sei o que fazer perante casos (bem menos graves!) de comportamento inadequado na sala de aulas.
Uma professora da turma do meu filho leva um apito para as aulas. Quando sobe o nível de ruído na sala, ela saca do apito e drrrrrrrrriiiiiiiiiiiiiiiii! Tem horas em que drrrrrrrrrriiiiiiiiiiiii mais de dez vezes.
Noutra escola, uma antiga professora de russo reciclou-se à pressa para dar francês. Não apenas não sabia francês, como - parece-me - arrastava consigo uma depressão. As aulas eram profundamente frustrantes, os alunos odiavam francês.
O que é que se pode fazer nestes casos?
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PS para o Eduardo Pitta: a pergunta "porque será que estas coisas só acontecem a Norte?" não é muito simpática. A primeira resposta que me ocorreu foi que a aluna que levou o gravador teria alguém da família a trabalhar na Grundig; a segunda foi que, felizmente!, no Norte há uma DREN atenta... (hehehe)
O que pretende com essa pergunta, concretamente? Sugerir que estas coisas só acontecem na área da DREN, porque a Direcção Regional cria um ambiente de trabalho de tal modo terrível que os professores descarrilam completamente? Ou que as pessoas do Norte são mais propênsicas à grunhice que as do Sul?
Curiosamente, nos comentários do Público o país divide-se logo em Norte e Sul. Um país tão pequenino, visto à distância de 3.000 km, é divertido.
Permito-me ainda uma sugestão: parece-me que a etiqueta "Educação", assim sozinha, induz em erro. Precisa do complemento "Patologia".
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ADENDA (em 25.05)
Pela sua importância informativa, publico aqui o comentário de um leitor, João Cardoso:
A gravação tem uma hora e está disponível no DN online. A montagem que por aqui circula, e a forma como foi ouvida e transformada, é um exemplo fantástico de como se constroem verdades: com imaginação e mentiras.
E mais uma ADENDA (em 25.05)
A Gabriela pediu que eu apagasse a gravação que estava no princípio deste post.
Já andava a pensar nisso, mas nestas coisas sou muito mais lenta do que devia.
Apaguei o vídeo; o post e os comentários ficam um bocado descontextuados, mas está muito melhor assim.
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