Por causa do Lutz e do título "o cão de Paulo Rangel", dei por mim a googlear para tentar perceber aquele post.
Descobri o blogue Quinta do Sargaçal, onde esta questão foi discutida de uma forma muito enriquecedora ("os neo-neolíticos", grande nome!).
Encontrei também algures (desculpe o autor, não me lembro mesmo em que caixa de comentários foi) um link para um site horroroso, sobre o sofrimento dos animais a quem tiram os nossos casacos de peles. Podem ir ver, mas previno de novo: é horroroso.
E por causa do Lutz, fui parar ao Blasfémias, onde deixei este comentário:
Se trazem a religião para a conversa, como aconteceu em alguns comentários, temos de analisar o livro do Génesis.
O que lá está escrito é que Deus criou os animais e enviou o Homem a dar-lhes nome. Na cultura de quem escreveu este texto, “nomear” significa “tornar-se responsável por”.
Ou seja: do ponto de vista bíblico, a superioridade humana concedida por acção divina é atravessada pela responsabilidade perante toda a Criação.
Voltando às questões mais terra-a-terra: pelas suas responsabilidades na política portuguesa, Paulo Rangel, apesar de ser jurista, tem obrigação de se dar conta e envergonhar de um profundo atraso civilizacional, evidente tanto no número de cães e gatos vadios que há em Portugal, como no modo como são tratados os animais domesticados. Se um “Dia do Cão” (ou um “Dia do Animal”) oferece um contributo para a consciencialização, o debate ético e a evolução civilizacional do país, venha ele!
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