17 outubro 2008

roupa de marca

A propósito deste post no Amor e Outros Desastres, lembrei-me de uma das características mais interessantes que descobrimos no que restava da "Alemanha comunista", onde vivemos cinco anos: o desprezo a que se votava a roupa de marca.

Se havia pressão social, era para baixo.

"Mãe, sou a única menina da minha turma que ainda não tem aquela camisola do Lidl" - dizia uma miúda cuja mãe tinha uma especial predilecção por boutiques infantis francesas e italianas, caríssimas.

Na escola, os excluídos eram os que vestiam chique com label...

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No sul da Alemanha, onde nasceram os meus filhos, havia a loucura da roupa de marca para crianças.
Era ver as mães nos bazares de roupa usada, a atirarem-se como loucas àquelas pecinhas Oilily e Portofino. Troféus.
(Eu não, que eu comprava directamente de uma amiga. Hehehe.)

E depois era ver as crianças todas engalanadas a brincar nos parques infantis, observadas por mães mal vestidas - geralmente de leggings e t-shirt largueirona - e descuidadas com a sua própria aparência.

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