24 setembro 2008

do desespero

Estes dois posts:

- o 112 distrital

(...) Dão-me outro número que responde ao primeiro toque: conto a história pela 3ª vez. Vão passar para outra extensão: conto a história pela 4ª vez e, finalmente, um oásis: sem burocracias e/ou pedidos de explicações, alguém se disponibilizou para ir até lá e verificar o que se passa.
Entre a minha chamada para o 112 distrital e a chegada daquela boa alminha da GNR à casa do meu irmão mediou bem mais de uma hora.
(...)


- o Cazaquistão

(...)Fui encontrá-lo sentado na cova de uma maca. Assim mesmo: uma maca em V e lá estava ele sentado no epicentro da cova. A sua era uma da dúzia de macas encostadas umas às outras no corredor de acesso ao serviço de urgências. Um corredor a servir de enfermaria, a servir de quarto de hospital, pejado de macas, cheias de novos e velhos, ligados ao oxigénio e ao soro, uns conscientes, outros em perfeito delírio. E os visitantes por ali, a assistirem àquilo tudo. Impotentes. Um homem, numa cadeira de rodas, algaliado, pedia uma maca para se deitar um bocadinho. Não havia. Não havia macas sobrantes. Teria de aguardar na cadeira de rodas.(...)

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