30 setembro 2008

criminalidade

1. Na semana passada, enquanto esperava pela Christina, que tinha ido comprar um bilhete, uma amiga dela assistiu à seguinte cena numa estação metro de Berlim: dois homens puxaram a carteira de uma velhinha, que se agarrou à carteira e começou a gritar; com um sacão, levaram-lhe a carteira e deixaram-na caída no chão; correram pelas escadas rolantes, mas foram perseguidos por outro homem aos gritos, que chamou a atenção dos passageiros no andar de baixo. Os ladrões foram agarrados, e a Polícia apareceu logo a seguir.
A amiga da Christina foi ajudar a senhora a levantar-se, furiosa com os mirones parados à sua volta.

Há aqui um elemento muito positivo: o pessoal reage.
Em vez de ficar à espera da TV para contar que os ladrões eram louros ou pretos...


2. Há pouco menos de um ano, o nosso carro foi arrombado, para levarem um telemóvel todo velho que nos servia de piloto GPS.
Ontem à noite, aconteceu outra vez. Partiram o vidro da direita atirando uma pedra com tanta força que estragou a porta do lado esquerdo. E levaram coisas disparatadas: dois comandos automáticos de garagem, um cartão para acumular pontos do supermercado, dois pares de chuteiras do Joachim e a caixa de medicamentos do seu clube de futebol.

Hoje de manhã comentei o caso com o porteiro da garagem, quando me estava a dar um novo comando automático. Dizia ele que isso não parecia coisa de profissionais, mas de miúdos.
Gostei: uma vez na vida não são pretos, nem brasileiros, nem a máfia de leste, nem nada. Apenas miúdos, nome de inclusão.

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