"O pastor e o lobo" é a história que imediatamente me vem à ideia ao ler o post do Miguel Silva sobre a actuação da chamada imprensa de referência:
"A dificuldade de comentar esta polémica reside precisamente na falta de confiança que existe no trabalho das televisões e dos jornais. Chegámos a um ponto em que, apesar da notícia, é sempre preciso começar as frases com um “se for verdade…”. Porque por vezes, demasiadas vezes, não é. Não só a fidelidade da informação passou a ser duvidosa, como as prioridades editoriais deixam muito a desejar. Ou querem convencer-nos que não há nada com maior interesse e importância para noticiar do que os projectos que Sócrates assinou há duas décadas?
Se é isto que têm para servir como jornalismo de investigação da imprensa de referência, é fraco. É menos que fraco. Comparativamente, não é melhor, sequer, que as aberrações de tijolo e cimento que Sócrates ajudou a pôr de pé."
Voltando à polémica: estamos a falar de estética (a aparência das casas) ou de ética (alegadamente: assinar projectos cujos autores não se querem dar a conhecer porque são, eles próprios, os técnicos da Câmara que aprovarão os mesmos)?
No primeiro caso, sai um tiro pela culatra: quantos portugueses haverá que gostem de um engenheiro que imponha o seu gosto ao cliente?!
No segundo caso, Miguel, fico à espera de um novo post, sobre o funcionamento do sistema judicial, nomeadamente no que diz respeito a responsabilizar os jornalistas pelos crimes de injúria e difamação...
Sem comentários:
Enviar um comentário