18 maio 2007

de viagens e metamorfoses

Estou quase a sair para Portugal, para ir ao casamento do meu irmão
mais novo. Fim-se-semana apenas, de sábado a segunda de madrugada (maldita Ryan Air - é a última vez que me vêem por lá).

Perguntei ao meu irmão se queria que nós fizéssemos uma gracinha à maneira dos casamentos alemães, tipo uma peça de teatro curta e *realmente* engraçada
(para os iniciados: a Cinderela em versão minimalista)
e ele começou a contorcer-se, que nem pensar, que quer um casamento normal e sem teatros, que para teatros já lhe chega o antes e o depois, e eu a insistir, mas tens a certeza? olha que é muito engraçado!, e ele a recusar, já nervoso,
e zimbas: passaram 25 anos desde que ele tinha 10 anos e eu 17 e tentava
impor-lhe a minha vontade,
passaram 25 anos e eu não me tinha apercebido.

Estou a digitalizar as fotos da nossa família para lhe dar no dia do casamento. São tantas, que ainda me vai acontecer de chegar atrasada à igreja...

É esquisito passar assim a vida em revista. O que éramos e já não somos, as constelações, o que permaneceu, o que evoluiu...
Se tivesse tempo, vinha a calhar ler agora algumas das crónicas do António Lobo Antunes.

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