09 janeiro 2007

para um bom 2007

Talvez seja um detalhe, mas seria importante:

Para 2007, faço votos para que não apanhem já o Bin Laden.
Façam antes um impeachment ao Bush, levem-no a tribunal (hoje estou magnânima: até pode ser um processo a sério, e não um como o do Saddam Hussein), dêem-lhe a pena que o Ocidente considerar certa para aqueles que não hesitam em sacrificar vidas humanas na prossecução das suas estratégias de poder.
Faço votos para que só depois capturem o Bin Laden, e lhe façam um processo a sério, e lhe dêem a pena certa para aqueles que não hesitam em sacrificar vidas humanas na prossecução das suas estratégias de poder.

E talvez depois se diga de 2007 que foi um bom ano.

(De facto, gostava de os ver todos juntos no pátio de uma prisão: Bush e Bin Laden, Rumsfeld a conversar com Hussein sobre os bons velhos tempos do shaking hands em 1983, Pinochet e todos os outros ditadores de meia tigela ou tigela e meia. Se já falam a mesma linguagem, gostaria imenso de trocassem impressões sobre os meios e os fins, e que escrevessem um livro com as conclusões. Para o mundo, a seus pés, aprender.)

(E já que estou com a mão na massa: nos Açores também houve shaking hands nas vésperas do início de uma guerra de invasão de um país que nem tinha atacado ninguém, nem sequer representava um perigo para quem quer que fosse. Estas coisas não acontecem só nos países dos outros. Esse pessoal que faz alianças à revelia das regras mais básicas de direito internacional vai continuar a andar por aí impunemente?! E nós não temos vergonha quando falamos dos valores e da democracia ocidentais?!)

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