04 outubro 2006

ao correr do teclado

Cúmulo da burrice seria um ladrão usar o escadote (do ingénuo expediente) para assaltar a minha casa pela janela.

Não fiz, mas pensei.
Eu há dias assim.

(Sim, a propósito: será só a mim que acontecem aqueles dias em que parece que uma pessoa está a fazer de propósito para tudo lhe correr mal, e chega mais ou menos ao princípio da tarde e decide que o melhor é voltar para a cama e esperar que amanhã seja outro dia?)

(Quase me acontecia outra vez ontem, por causa de um armário IKEA demasiado grande para o nosso engenho e arte. Sim, a propósito: será que a taxa de divórcios aumentou em Portugal desde que a IKEA se instalou aí? Ando cá com um pressentimento que tem tudo a ver.)

(Aqui, tudo está bem quando acaba bem: os amigos do clube de modelismo do Joachim vieram jantar a nossa casa, e entre o aperitivo e a sopa montaram o armário todo ao contrário - porque ao direito já estava todo esboroado. Ficou muito catita, e quem não sabe não nota. Não faço foto porque não me cabe na máquina fotográfica. Até me lembra, mal comparado, a China: também não me cabia na máquina fotográfica.)

(Vou dizer ao Joachim que devíamos comprar uma máquina fotográfica maior.)

(Movida por um ímpeto de gratidão, abri para eles uma das minhas melhores garrafas de vinho do Porto. Anotem, que ainda me vai dar um prémio Nobel qualquer: quanto mais velho o vinho, mais tempo demora até começar a fazer efeito. Eu, por exemplo, provei-o ontem - várias vezes, que estava a fazer uma experiência sobre oxidação - e, 24 h depois, olhem para este post que estou aqui a escrever: cqd!)

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