Há exactamente uma semana estava a entrar no avião, toda aliviada por não ter sido ainda desta que os chatos dos terroristas arranjaram maneira de me estragar o transporte de souvenirs (vinho do Porto, folhas de louro, e quejandos), que trago para a Alemanha como quem se agarra a uma tábua de salvação, que aqui o inverno é longo - e até já começou em meados de Agosto.
Deu para ver porque é que estou aqui há uma semana e ainda não escrevi post nenhum? É isso mesmo: não me sinto capaz de escrever coisa com coisa. Tenho de ter cuidado com os souvenirs, que por este andar nem ao Natal chegam.
(Refiro-me às folhas de louro, claro. O que é que pensaram?!)
É difícil voltar ao blogue depois de 6 semanas em Portugal, seguidas de aterragem numa casa cujos cantos ainda mal conheço (ou, para ser mais precisa: cujos cantos ainda estão dentro dos caixotes da mudança...).
Não que me falte o que contar, nada disso!, desengane-se quem pense que andei a fazer psicanálise às escondidas, como dizia a outra.
O que me falta é o post inicial, a ponta simbólica pela qual começo a desensarilhar a meada de tantas ideias.
***
Há exactamente uma semana e um dia, por esta hora, estava com os miúdos aos saltos no mar. As ondas estavam no ponto certo da vertigem: grandes, furiosas e aos pares. Mal recuperávamos de uma, vinha logo a parceira.
No fim de cada verão fico muito Sophia:
Quando eu morrer...
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