01 novembro 2021

o outono nasce do chão?

 


Novo ditado popular: se queres ver o outono, larga cedo o sono.

Saber de experiência feito, porque ontem quis mostrar o outono em Potsdam ao fim do dia, e foi um fiasco que - sei-o já hoje - me vai acompanhar até ao fim do dia.

"Aqui podes imaginar o palácio Sans Souci e os seus terraços, depois em casa mostro-te as fotos / Aqui podes imaginar o Neues Palais, depois em casa vês como é / Ali é a Orangerie, um palácio enorme, mas nem a sombra se vê..."

Da próxima vez, vamos de madrugada.
Ou no verão.

(Ai, mas no verão vê-se muito mais, mas não se vê o outono...)
(Isto a vida aqui para os lados do pólo norte é um bocadinho complicada)
(No equador também não é mais fácil: a noite cai repentinamente a meio da tarde, não há hipótese alguma de imaginar palácios)
(Não era intenção, mas acabei de inventar uma metáfora contra a polarização que se está a instalar entre nós: "Amigos, nem tanto ao mar nem tanto à terra, façam como Portugal, esse país à beira-mar plantado a meio caminho entre o equador e o pólo norte, onde têm muito mais outono por dia.)

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