13 dezembro 2018

perdi o autocarro (2)

 
Recapitulando: perdi o autocarro por me ter posto a tirar fotografias, aproveitei a espera forçada para mais uns cliques às escuras e sem óculos, apanhei o autocarro seguinte, parei no Ku'damm para comprar óculos, perdi mais um autocarro, apanhei outro, e no caminho para o ensaio do coro fotografei ainda o arquivo da Bauhaus, que está fechado para obras. O projecto de alargamento é extraordinário, mas, infelizmente, não vai estar pronto em 2019 para o centenário da Bauhaus. Se for como o aeroporto de Berlim, às tantas nem para o bicentenário...

No regresso a casa não perdi mais nenhum autocarro. Aliás: apanhei o melhor de todos, porque ao meu lado sentaram-se algumas americanas bem-dispostas, e às tantas uma pôs-se a ler um poema para o grupo. Era de E.B. White, "Song of a bee" (escrito em 1945, uma paródia à informação dada pelo Ministério da Agricultura sobre a inseminação artificial das rainhas das abelhas ser difícil porque elas copulam no ar com qualquer zangão que lhes aparece à frente).

Esta cidade é um mimo.



 

 

E depois, mais para o fim do Ku'damm, vi que a loja de penhores para carros de colecção (que aluga os carros entregues como penhor) tinha um bólide realmente interessante. Mas um descapotável no inverno é má ideia, e além disso não deve ter pneus para a neve, e provavelmente estão verdes, não prestam, só os cães as podem tragar.


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