Não vi ninguém a saber distinguir entre o registo e o conteúdo.
Também não vi ninguém a explicar o contexto real da frase. Fazia parte do texto preparado para dar início à tertúlia, ou terá sido resposta a alguma pergunta do público, num momento mais informal, mais tipo off the record?
Num ponto estamos plenamente de acordo: o cardeal não devia ter falado assim.
O tom foi demasiado descuidado, e apelava - mesmo que involuntariamente - à xenofobia.
Mas falta debater o mais importante: como é que devia ter falado sobre este tema?
Digam-me lá, ó valentes com tanta facilidade para escrever posts a criticar as palavras dos outros, como é que cada um de vocês (e isto é um repto também para os jornalistas) fala dos problemas concretos que podem ocorrer em casamentos entre culturas tão diferentes?
Mostrem o que valem e escrevam um post que comece assim:
"Uma miúda da minha família disse-me que está a pensar casar com um muçulmano (ou um árabe, ou um turco dos confins da Anatólia, ou um cristão de uma zona rural libanesa, ou um...) , e eu dei-lhe a seguinte resposta: "
A ver se os blogues servem para um debate realmente construtivo.
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