22 fevereiro 2018

notícias da Berlinale e, para não variar muito, daquelas palavras começadas por F


Este ano não vi muitos filmes da competição, mas estava capaz de apostar que o documentário Eldorado, do suíço Markus Imhoof, vai levar o Urso de Ouro.
Outro filme que me correu bem hoje foi Becoming Astrid, de Pernille Fischer Christensen, sobre a Astrid Lindgren. Encantador. Encantadora.
O último do dia é que estragou tudo: pensava eu que ia ver um Bollywood, com cores e danças e tudo, e saiu-me uma espécie de catálogo de experiências sexuais queer, e de uma agressividade atroz. Garbage! Já nem no cinema indiano se pode confiar?...

Salvou-me o Simon Rattle, que nunca falha. E também o Barenboim ao piano, no concerto nº1 para piano e orquestra de Béla Bartók. Gostei imenso do diálogo entre o seu piano e a percussão, no segundo andamento (no vídeo: começa a 10:03).
Para que conste: no dia 22 de Fevereiro de 2018 Barenboim tocou como encore "La Fille aux Cheveux de Lin" na Filarmonia de Berlim, e não houve uma única pessoa a tossir na sala. Se isto não é um sinal sério do fim do mundo...

Depois do concerto fui a toda a velocidade para casa, para ir passear o Fox. Sim, voltou! Mas só por um dia. No autocarro, uma amiga comentava que as fotos do post anterior davam a entender que o Fox se tinha ido embora definitivamente. Não, nada disso. Eu é que estou a reagir à maneira de cão: de cada vez que ele se afasta, sinto-me como se fosse para sempre.

Daqui a nada levanto-me para ir dar a primeira voltinha do dia com ele, e depois, à hora a que o sol aparece ao fundo da Westfälische Straße, saio para a correria dos filmes. Quem corre por gosto...








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