02 fevereiro 2015

concerto promenade - andamento: lento, quase a contragosto






Na rua, dois polícias iam à minha frente. E eu atrás deles. Aproximei-me, falei-lhes. Perguntaram-me porque é que os estava a seguir há tanto tempo. "Para os controlar", respondi a rir. Eles também se riram, que em Berlim permitem-se certas gracinhas - pelos menos em momentos de sol como aquele. Disse-lhes que encontro várias vezes carteiras abandonadas na zona do lago, e que havia uma mochila pendurada, já há vários dias. Pediram-me para ligar sempre à polícia a avisar.
- E devo abrir as carteiras, para ver o que está dentro?
- Pode abrir, mas depois deixa as impressões digitais e pode ir presa...
Enquanto eles vasculhavam a mochila, eu fotografei uma pocinha de gelo ali ao lado, e olhava para eles pelo canto do olho, tentando ver sem dar nas vistas. O que não foi muito inteligente: ainda me arrisco a ser o Robert Murat aqui da região...


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