08 janeiro 2015

reacções

Algumas reacções, das muitas que encontrei:




(fonte: https://twitter.com/Riiingmybells/status/553104453956825088/photo/1)




(fonte: https://medium.com/the-nib/one-muslim-cartoonists-reaction-to-the-charlie-hedbo-shootings-b383115bf181)








(fonte: https://twitter.com/mranti)








(fonte: 23 Heartbreaking Cartoons From Artists Responding To The Charlie Hebdo Shooting)




(fonte: por aí)




No facebook, uma amiga deixou-me um link para uma notícia de um ataque a uma casa no Iraque.

Questão incómoda: como reagimos quando soldados dos exércitos nossos aliados entram em casas e matam todos os seus habitantes? Quando uma escola cristã é atacada e as alunas são raptadas? Quando terroristas entram numa escola para matar os alunos? Quando soldados americanos usam civis afegãos para tiro ao alvo? Quando são revelados detalhes sobre a tortura em Guantanamo? Quando jornalistas da Al Jazeera são presos?

Os nossos valores são diariamente atacados em muitos países do mundo, com a mesma brutalidade. Porque não reagimos com igual intensidade nos outros casos? O que nos provoca tão grande comoção - foi mesmo o ataque aos nossos valores, ou o ter acontecido a "nós", e não a "eles", num país distante?

Como habitualmente, o Papa Francisco soube encontrar palavras de universalidade:

(trouxe do SNPC)

O papa exprimiu «a mais firme condenação» pelo «horrível atentado» que ocorreu hoje em Paris, dentro e fora da redação do jornal satírico "Charles Hebdo", revelou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé.
O massacre na capital, que causou pelo menos 12 mortos, «lançou na consternação toda a sociedade francesa, perturbando profundamente todas as pessoas amantes da paz, bem para lá das fronteiras da França», declarou o padre Federico Lombardi, refere o jornal "Avvenire".
Francisco «participa na oração pelo sofrimento dos feridos e das famílias dos defuntos» e «exorta todos a oporem-se com todos os meios à difusão do ódio e de toda a forma de violência, física e moral, que destrói a vida humana, viola a dignidade das pessoas, mina radicalmente o bem fundamental da convivência pacífica entre as pessoas e os povos, não obstante as diferenças de nacionalidade, de religião e de cultura».
Qualquer que seja a motivação, prossegue a nota do gabinete de imprensa, «a violência homicida é abominável, nunca é justificável, a vida e a dignidade de todos sejam garantidas e protegidas decididamente, toda a instigação ao ódio seja rejeitada, seja cultivado o respeito pelo outro».
O papa «exprime a sua proximidade, a sua solidariedade espiritual e o seu apoio a todos aqueles que, segundo as suas diferentes responsabilidades, continuam a empenhar-se com constância pela paz, a justiça e o direito», para «curar em profundidade as fontes e as causas do ódio», num «momento doloroso e dramático, em França e em cada lugar do mundo marcado por tensões e violências».
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Mais reacções: a Marie Le Pen já se está a aproveitar desta tragédia. E já fala em reintroduzir a pena de morte em França. Os ataques aos nossos valores mais importantes somam e seguem, e nem todos são perpetrados por terroristas muçulmanos. Temos de permanecer vigilantes.

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