02 fevereiro 2013

quantos golpes é que a Democracia aguenta, aguenta?


No dia 30 de Janeiro de 2013, quando fazia 80 anos que Hitler tinha chegado ao poder, um dos noticiários alemães (penso que foi o Heute, o noticiário de meia hora, às 21:45) falava do fim da Democracia da República de Weimar, o período nazi e o longo caminho para a Democracia, a partir de 1945. A seguir, passou imagens das demonstrações e da violência em Atenas, e perguntou: será a Democracia alemã estável? Será que a nossa Democracia resistirá, em caso de recessão e pobreza? Ou podemos vir a assistir a cenas como estas nas nossas ruas?

Mesmo em tempo de vacas gordas, nas regiões menos ricas deste país já há uma percentagem demasiado alta de eleitores de extrema-direita e extrema-esquerda.
Por seu lado, em Portugal, neste tempo de vacas magras, multiplicam-se os desabafos do género "não há ninguém que lhe dê um tiro?"

É indispensável que todos - os que fazem jogatanas partidárias, os que aparecem a largar opiniões nos meios de comunicação social, os que aparecem nos cafés ou no facebook a sugerir métodos sui generis de participar na coisa pública - que todos nós tenhamos bem presente que o nosso rumo é a construção de uma Democracia estável e saudável, e que não podemos nunca perdê-lo de vista. Mesmo se somos desempregados a desabafar no facebook, mesmo se somos famosos e ricos, mesmo se nos sentimos cheios de razão e inimputáveis.

(foto)

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