08 novembro 2011

Monet na Prússia


(sim, já publiquei esta foto num post de ontem - mas tenham paciência, e deixem-me babar outra vez)

34 comentários:

Teresa disse...

E é de babar mesmo. A ponte japonesa II? :)

Rita Maria disse...

Ao contrário "deles" tu não és nada overrated ;)

Nem Potsdam e muito menos o Outono berlinense.

Helena Araújo disse...

Quase japonesa, Teresa.
Infelizmente (hihihi) a Prússia não conseguiu chegar tão longe...
;-)

"Ao contrário deles", Rita: hihihihi
É verdade, sim: este Outono não é nada overrated. E por acaso agora estava a pensar num novo nicho de mercado: que tal tratarmos de aumentar o valor de mercado deste Outono, e embolsar a diferença? (ai, se eu soubesse como é que isso se pode fazer...)

Helena Araújo disse...

A fotografia revela um pormenor interessante que não se vê na ponte: o seu reflexo na água mostra que falta uma parte do resguardo.
(a propósito: que nome se dá à parte que fica por baixo do corrimão? essa que falta na ponte, se querem um exemplo. Balaustrada, no caso, é demais, parece-me)

Teresa disse...

Também só me ocorre balaustrada.

cjs disse...

É curioso como o outono berlinense é tão Monetiano. Também já dei por mim várias vezes a fotografá-lo e a pensar na série do entardecer no Tâmisa.
Londres, Giverny... realmente Berlim é um mundo!

Paulo disse...

É uma foto digna de um espião de categoria, Helena. Que beleza!

(Balaustrada não é porque não tem balaústres. Digamos que falta à ponte um trecho da ferronnerie, vá.)

Helena Araújo disse...

Paulo,
em bom português: falta à ponte um trecho da ferrugem!
hihihi

Rita Maria disse...

Um trecho da ferronnerie...o aborrecido é que os homens por quem eu poderia apaixonar-me estao sempre a milhas.

Helena Araújo disse...

Rita,
:-)
...e se eu disser "ferruge", gostas de mim?

Gi disse...

Reparei nela ontem e reparo hoje outra vez :-)
Ferraria, não dá?

Helena Araújo disse...

"Ferraria", para a Rita se apaixonar, acho que não chega...

A minha questão não era bem sobre o material, mas sobre aquela parte dos edifícios: corrimão é só onde a mão passa, não é? E como se chama o que fica por baixo do corrimão?

Rita Maria disse...

Gosto, mas só por amizade. Amor verdadeiro era ferronnerie...

Helena Araújo disse...

Pronto, uma pessoa tem de perceber quando perdeu.
Paulo: podes chegar à frente!
(snif)

;-)

Paulo disse...

Cá estou, cá estou.

Encontrei uma tradução, a cuja não aprecio, para Treppengeländer: grade. Tratando-se de uma ponte e não de uma escada, penso que o conceito se mantém (Brückengeländer?). Não gosto mesmo é de chamar grade a uma ferronnerie tão bonita, Rita Maria.

Helena Araújo disse...

Grade é outra vez o material. Eu queria, digamos, a função.

Estava a pensar que parapeito podia servir.

Parapeito é uma palavrinha inventada no tempo em que as pessoas eram pequenas. Agora devia chamar-se paraumbigo.
E o parapeito das escadas do Siza à saída daquele anfiteatro na faculdade de arquitectura do Porto no máximo devia chamar-se parajoelho. Eu chego ali e até me dá tonturas.

Paulo disse...

O paratornozelo do Siza na FAP seria proibido na Alemanha, para começar. Nem falo das escadas que ele lá construiu que têm, quando muito, um paracalcanhar?

Helena Araújo disse...

ai... *suspiro*
finalmente um homem que me entende!
ai...

(Rita, chega pra lá...)
(hihihi)

Interessada disse...

Parece-me correcto o termo encontrado pelo Paulo.
Peço-lhe desculpa Helena, mas grade não é material.
E se encontrarmos os adjectivos correctos para o tipo de grade que suporta o corrimão, a imagem será outra;)
Bem sei que não passa duma repetição, mas tenho necessidade de ouvir, à medida que escrevo: O momento capturado é espantosamente belo.

Helena Araújo disse...

Tem razão, Interessada: grade não é material. Mas: e se for um murete?
(Não há nenhum arquitecto entre os meus leitores?)

É verdade, sim: é um momento muito belo. Mas não tem segredo nenhum: basta ir passear no parque daqueles palácios por volta das nove da manhã.

sem-se-ver disse...

e ter mt sensibilidade (e uma boa máquina tb ajuda um cadinho :)

«que nome se dá à parte que fica por baixo do corrimão?»

parte que fica por baixo do corrimão :D


(mais a sério - são grades, sim)

beijo, monetiana do sec xxi

Helena Araújo disse...

:D

Gi disse...

Murete tinha de ser de pedra ou tijolo. Grade parece-me o melhor.
Rita Maria, ouvi dizer que voltavas à Pátria ;-)

Helena Araújo disse...

Grade, no caso, sim. Mas de um modo geral, que nome se dá ao conjunto?

Fui ver ao Porto Editora: parece-me que é parapeito.

Não há aqui nenhum arquitecto que me resolva esta dúvida crucial?!

sem-se-ver disse...

parapeito?? parapeito?? parapeito é de uma janela ou varanda, isto é, o que encima - e dá para pormos os cotovelos sem sermos criticados.

Helena Araújo disse...

ó senhuôra,
do Porto Editora:
parapeito: 3. resguardo à borda dos cais, das pontes, dos terraços, etc.

sem-se-ver disse...

ó senhuôra,
do priberam:

parapeito
s. m.
1. Parede ou muro à altura do peito.
2. A peça de madeira que numa janela serve apara apoiar o peito e os braços de quem a ela se chega.

jj.amarante disse...

Pus dois comentários que não apareceram, no primeiro sugeria "gradeamento" (enquanto grade para mim é um conjunto de barras paralelas que se cruzam perpendicularmente, gradeamento engloba configurações complicadas de barras de ferro) ou "resguardo".
No Google fui à procura de ponte pedonal e vi que nas de Aveiro e de Coimbra lhes chamam "guardas do tabuleiro" ou "guardas".
Enquanto "guarda" ou "resguardo" descreve a função, principal de protecção, tanto que nas pontes pedonais que referi as guardas eram feitas de vidro, o termo gradeamento refere a constituição do objecto.
É curioso constatar que quando a função "barrar caminho com inteira transparência" está disponível é essa a preferida para protegerr os passantes das pontes, um bocado como nas catedrais em que se tentava ter paredes inteiramente de vitrais.

Helena Araújo disse...

jj.amarante,
que estranho esse dois comentários! Não fui notificada, nunca os vi!
Há dias aconteceu-me algo que talvez seja semelhante: escrevia os comentários num blogue, e eles não eram gravados.

Guarda ou resguardo são as palavras que procurava. Obrigada!

Cristina Gomes da Silva disse...

Ai, que marabilha, mûlhére! Até fiquei vaidosa contigo e por ti. Beijos de chuva :-(

A. Castanho disse...

Já que não aparecem Arquitectos, aqui vai a opinião do Engenheiro: o termo técnico usado em Portugal, atualmente, é "guarda-corpos", mas para um passadiço monumental em ferro forjado, de séculos passados, não me parece adequado. "Grade", então, é totalmente desaconselhado (nem mesmo na Alemanha, onde não faltam garrafas de cerveja para lhe colocar em cima...). "Resguardo" é aceitável, mas "gradeamento em ferro" será, salvo melhor opinião, a expressão mais adequada.


De uma beleza indescritível, esta foto (e que saudades de «Sans Souci», no caso vertente em Maio florido...): PARABÉNS, Helena!

Helena Araújo disse...

*suspiro*

volto para a tradução do meu livro, parece-me muito mais fácil que a desta ponte! ;-)

sem-se-ver disse...

grdeamento, sim. dou a mão à palmatória. :)

grades são o que compoem o gradeamento; é mais correcto este, portanto.

(grades tem diversos significados, não só o de transportar as 'mines'! :D


helena, vê lá se não foram parar automaticamente ao spam. o blogger adora fazer essa partida de quando em vez :-(

(no teu blogger, em cima -comentários, 'publicado' e, ao lado, 'spam')

Ant.º das Neves Castanho disse...

Claro que sim, mas na Alemanha "grades" e "mines" atraem-se irremediávelmente...