23 agosto 2011
Melissa Horn, na cerimónia de Oslo em memória das 77 vítimas do terrorista norueguês
Vejo as luzes que se acendem no porto de Kungsholmen
Vejo rapazes a chorar e raparigas de mãos dadas com eles
Vejo o homem na varanda que guarda um minuto de silêncio para si próprio
Não se pode nunca desfazer o que aconteceu naquela noite
És um dos que lá estavam quando aconteceu
Ou tens saudades de alguém que nem sabias que conhecias?
És um dos que choram quando não está ninguém a ver?
És um dos que ainda estão afectados?
Vejo-me ao espelho, os olhos vermelhos de chorar
Penso no que aconteceu, no que os levou àquilo
O meu irmão sai de casa e nunca sabemos onde vai
E eu fico com medo ao pensar que podia ter sido ele ou eu
Nunca mais jovem nem nunca mais livre
Quando é de crianças que se trata, temos o direito de tomar o partido de alguém
Mas tu sabes como é que uma pessoa se sente quando os olhos vermelhos vêem tudo negro
E penso naqueles que não conseguem hoje dormir
Quem quiser, dedique um momento do seu tempo a reflectir
Quando fizermos da dor coragem e tivermos de começar a agir
Agora, limpam-se as ruas e desaparecem todos os indícios
E continuamos a crescer, embora ele continue a ter dezasseis anos
(A tradução é uma gentileza do Vítor Santos Lucas Lindegaard, que me viu no facebook à nora com o tradutor do google e se deu ao trabalho de me ajudar. Omito aqui uma pequena ressalva que ele fez sobre a tradução de uma palavra que não se entende bem. Foi também o Vítor quem me esclareceu sobre a tragédia que está na origem desta canção - pode-se ler aqui, em inglês.)
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1 comentário:
Obrigada, ao Vítor. Obrigada a ti. Este teu blogue é um verdadeiro palco da liberdade, tolerância e solidariedade.
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