14 julho 2011

correio das ilhas (21)

Olá, Rita

Como se estivesse de férias, parei a tradução do livro. Não que traduzir aquele livro seja realmente trabalho, porque é muito divertido, mas aqui, na Casa do Padeiro, só há internet ao fundo do quintal, sob a ramada junto às laranjeiras. Apanha-se o wireless da vizinha, e é um sítio engraçado para escrever um ou outro post, mas não para traduzir um livro.
A Christina já escolheu o seu cantinho preferido para trabalhar – anda a ler um livro para a escola, e faz apontamentos no computador. Ao fim da tarde, este alpendre é o melhor lugar para um happy hour com amigos, ao som do passaredo, à luz dourada que se derrama sobre as copas das árvores e vem bater quase horizontal na velha parede e sobre nós, sentados nos degraus de granito que o dia aqueceu.


Essa luz do pôr-do-sol que transforma a buganvília e nos atrasa o jantar porque nos distraímos a olhar pela janela da cozinha.



Dito desta maneira, quase me pergunto porque tenciono voltar para a Alemanha daqui a umas semanas…

4 comentários:

Blondewithaphd disse...

Sim, este sol de bugainvílias e a Alemanha é um grande paradoxo...

Rita Maria disse...

Também quero um quintal com wireless, uns montes com ligaçao à internet...acho que nunca mais de lá saía.

Helena Araújo disse...

Rita,
Sim, pois, mas olha que o caminho daqui à Komische Oper é longo como tudo! Já foste? Levaste farnel? Eu levava. Mas sem o garrafäo de tintol, também näo é preciso exagerar.

Helena Araújo disse...

Blondwithaphd,
é um paradoxo, sim. Pensando bem, tenho é muita sorte: por onde quer que ande, é especial.