Uma curta reportagem sobre as pessoas e os grupos que tentaram impedir a manifestação de extrema-direita: aqui.
(Para quem não entende alemão: o condutor do carro que não conseguia avançar começou a reclamar que as lojas estavam todas fechadas, e aqueles manifestantes não o deixavam passar para ir comprar comida - as frases dele incluiam vários adjectivos fortes, mas não adiantam muito ao relato...)
E aqui outra reportagem sobre a marcha dos neonazis, onde se vêem polícias a levantar Wolfgang Thierse, o vice-presidente do Parlamento.
Dado que a manifestação foi autorizada, o dever da Polícia era proteger os seus participantes e abrir-lhes caminho. Para o que recorreram ao uso da força, e nem sempre com tanta suavidade como com o Thierse.
Uma das contramanifestantes protesta perante a câmara: "proteger uma coisa destas já não tem a ver com Democracia".
E é, de facto, a grande questão: até onde levamos o lema "não concordo com o que dizes, mas estaria disposto a morrer para que tu o possas dizer"?
E até que ponto estamos dispostos a cumprir as regras do nosso Estado de Direito?
Thierse vai ter agora problemas porque a sua infracção feriu um direito constitucional e tornou ainda mais difícil e arriscado o trabalho dos polícias (que certamente não estariam de bom grado a proteger aquele grupo).
E os polícias? Deviam ter metido atestado médico, deviam ter invocado objecção de consciência?
1 comentário:
Ia começar a responder-te, mas isto está tao comprido que acho que é um post de direito próprio ;)
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