Na Alemanha, onde vivo há quase trinta anos, o nome “Araújo” é sobretudo um problema.
“Aaah... como disse?”
Mas nem pensar em ficar com o apelido do meu marido. Ia passar a responder pelo mesmo nome que a minha sogra.
Mal por mal, Frau Araújo.
Ou "Frau Aaaaah... como disse?"
Em Portugal as mulheres casam e continuam a chamar-se senhora/dona/dra. Nome Próprio.
Na Alemanha, casam e passam a chamar-se Frau Mãe do Marido.
Que espoliação de identidade, que perversão!
Como é que o Freud não se lembrou de fazer um trabalho sobre isto é algo que não entendo.
Freud andava muito distraído...
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