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24 junho 2019

humano oceano

Gostei tanto deste texto sobre o S. João do Porto que o Rui Zink publicou no facebook, que o trago para aqui:

HUMANO OCEANO

Não sei se o São João vai estar frio e chuva, mas a primeira grande festa popular que tive foi no Porto, num São João de (salvo erro) 1979. Nunca tinha visto uma festa assim, daquelas que arrastam gente. Os Santos em Lisboa eram giros, e era um mar de gente nas Alfamas e Mourarias, mas no Porto era outra loiça: uma cidade INTEIRA tornada oceano humano.
A marretada ajudava. A ideia de bater na cabeça de um estranho com um alho-porro ou um martelo de plástico não parecerá a melhor forma de começar uma comunicação, ou mesmo uma amizade ou um namoro, mas estais muito enganados. É uma maravilha: comunhão pura e logo com uma marretada na cabeça. É, para citar os bem-amados GNR, a pronúncia do norte.
Foi a noite mais feliz da minha vida, em comunhão com gentes – depois, obviamente, do 25 de Abril e do primeiro 1º de Maio.
E, ao amanhecer, eu e minha namorada fomos dormitar o que ainda havia para dormitar à (acredite quem quiser) Pensão Portugal.

Nunca me senti tão português e tão feliz de ser português como no Porto. Em 1979. Votos de um grande São João aos meus amigos da Invicta.

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