jj.amarante, deixei de comer caramujos, ou lá como se chamam aqueles caracolinhos do mar, porque não consigo cozinhá-los devagar. O preço desse meu prazer é uma crueldade maior que a que consigo "justificar". Já a lagosta, espero que morra no momento em que é metida na água a ferver. Também podemos pensar nos peixes, que comemos sem pensar, e que morrem numa lenta e terrível agonia. Se pensar um bocado nisso, deixo de poder comer peixe. E talvez chegue a esse ponto, sim. Já vi algumas touradas, e consegui abstrair do sofrimento dos animais para apreciar a arte, que é impressionante. Mas um dia vi um touro a urinar-se de medo o tempo todo, e nunca mais consegui abstrair.
Em suma: não me venham dizer que tenho de aceitar as touradas porque também como animais, porque uma coisa é a alimentação e outra é a actividade artística à custa do sofrimento dos animais. E contem-me sobre o sofrimento dos animais que como, porque é provável que eu mude os meus hábitos de alimentação, deixando de comer os animais que morrem (e vivem, alguns deles) em circunstâncias de extremo sofrimento.
Selvagens!
ResponderEliminarRelembro um texto que escrevi sobre touradas: http://imagenscomtexto.blogspot.pt/2010/10/o-touro-lagosta-e-o-templo-jain-de.html
ResponderEliminarjj.amarante,
ResponderEliminardeixei de comer caramujos, ou lá como se chamam aqueles caracolinhos do mar, porque não consigo cozinhá-los devagar. O preço desse meu prazer é uma crueldade maior que a que consigo "justificar".
Já a lagosta, espero que morra no momento em que é metida na água a ferver.
Também podemos pensar nos peixes, que comemos sem pensar, e que morrem numa lenta e terrível agonia. Se pensar um bocado nisso, deixo de poder comer peixe. E talvez chegue a esse ponto, sim.
Já vi algumas touradas, e consegui abstrair do sofrimento dos animais para apreciar a arte, que é impressionante. Mas um dia vi um touro a urinar-se de medo o tempo todo, e nunca mais consegui abstrair.
Em suma: não me venham dizer que tenho de aceitar as touradas porque também como animais, porque uma coisa é a alimentação e outra é a actividade artística à custa do sofrimento dos animais. E contem-me sobre o sofrimento dos animais que como, porque é provável que eu mude os meus hábitos de alimentação, deixando de comer os animais que morrem (e vivem, alguns deles) em circunstâncias de extremo sofrimento.