Regressei a casa, convencida que quando chegasse já os encontraria a descansar no sofá.
Bem me enganei: chegaram a meio da noite, cansadíssimos e com bolhas nos pés. Mas contentes, pareceu-me. Tinham palmilhado Potsdam de lés-a-lés: o bairro holandês, o bairro russo, o parque dos palácios.
Disseram-me que, na minha ausência, tinham feito turnos para me substituir: ora um ora outro ia um pouco mais à frente, e volta e meia virava-se para trás e dizia: mais depressa! mais depressa! se fosse para descansar ficávamos em casa!
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Não tenho tempo para procurar fotografias que já fiz nestes sítios, por isso vou usar algumas emprestadas:
Casas do bairro holandês, em tudo iguais às de Amesterdão, excepto na escala...
(foto tirada daqui)

Uma casa do bairro russo, presente do czar Alexandre ao seu amigo Frederico III - um coro russo, e as respectivas casas.
(foto tirada daqui):

E o parque dos palácios:
O Palácio Novo, vista lateral, vendo-se ao fundo um dos "palácios da criadagem" - casas de imponente fachada para esconder os campos que se estendiam em frente à residência imperial, que aquilo foi antes da PAC e da ruralidade como valor a preservar.
(foto - num site cheio de belas fotos de Berlim e Potsdam)

O pavilhão chinês, construído para embelezar o jardim de Frederico II, o Grande, com estátuas muito engraçadas: como é que os europeus do séc.XVIII imaginavam os chineses?

E o famoso Sanssouci (sem visita ao Caravaggio, porque a Bildgalerie - a pinacoteca do imperador - fecha no Inverno):

As duas últimas imagens foram tiradas deste site, que tem muitas outras fotos excelentes de Potsdam.
Quando estive em Potsdam as casinhas estavam ainda com um ar muito abatido. Conhecendo eu os alemães relativamente bem, imagino que já esteja tudo a brilhar como novo.
ResponderEliminarP.S. Esse pavilhão chinês tem muita graça. Todo ele muito rococó, mas a dar-se um ar orientalóide.