13 abril 2022

"O"

 


#O é o nome de uma das obras de arte do Cirque du Soleil. Disseram-me em 2001 que era a melhor deles. Foi na primavera desse ano, éramos tão novos! No verão demos uma volta enorme pelo South West, com partida de Las Vegas, mas não fomos ver o O. Ficámo-nos pelos espectáculos gratuitos dos hotéis dessa cidade de faz-de-conta: o água-luz-som do Bellagio, as estátuas que se movem do Palácio de César, o eterno pôr-do-sol no subsolo do Veneza...
Depois veio o 11 de Setembro, nós envelhecemos de repente e deixámos a Califórnia.
Voltei a Las Vegas com a Christina em 2009. Uma noite: enquanto os rapazes atravessavam o Grand Canyon a pé, nós aproveitámos ter de dar a volta com o carro para os apanhar do outro lado, e fomos dormir àquela maluquice de cidade. A ideia era ir ver o O, mas os bilhetes disponíveis custavam 200 dólares para cada uma, de modo que repetimos o programa gratuito, e entrámos numa ou noutra loja. Comprei para a minha filha adolescente uma t-shirt onde se via um monstro com uma bandeja cheia de bolachinhas, e a frase "come to the dark side, we have cookies!"
Precisei de uns bons 5 anos para perceber mesmo o que ali estava escrito...
Ainda agora tenho pena de não termos visto esse espectáculo do Cirque du Soleil. O que me obriga a pensar nessa coisa de identificar o que é realmente importante para mim, e carpe diem. Não é fácil - porque se fosse fácil já não andava a pensar nisso...


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