13 agosto 2020

são poucos, mas são nazis

Depois de ter anunciado que no dia 8.8 (88 -> hh -> heil hitler) ia acontecer alguma coisa grande, depois de nesse dia dúzia e meia de mascarados terem levado a cabo uma acção de intimidação em frente à sede do SOS Racismo (numa encenação que mistura elementos do Ku Klux Klan e de uma campanha neonazi de um grupo alemão entretanto proibido), depois de avisarem que "isto é apenas o começo" (os vídeos - entre os quais este e este - entretanto foram marcados como privados), o movimento "resistência nacional" enviou agora a seguinte mensagem de intimidação e perseguição:


A ameaça para as pessoas desta lista é mais uma das encenações com que pretende aparecer, ganhar palco, e conquistar alguns seguidores. Mas é também, obviamente, para ser levada muito a sério pela Polícia Judiciária e pelo Ministério Público. Este grupo - que agrega algumas pessoas que já por várias vezes mostraram a sua capacidade para actos de brutal violência movida por ódio racista - está a cometer crimes para os quais o Código Penal estipula penas claras. Num chat, de que partilho a seguir algumas imagens, o grupo mostra sem margem para dúvidas o seu carácter racista e homofóbico. Também se fala em "assassinar alguém importante", e divulga-se as estratégias do momento: infiltração, e angariação de seguidores. Em suma: caso ainda houvesse dúvidas, este chat e as acções dos últimos dias provam que há nazis em Portugal. Não são muitos, e desentendem-se facilmente, mas estão a tentar unir-se em volta do ódio ao SOS Racismo e aos Antifas. E querem crescer em número. À semelhança do que aconteceu há cem anos com os judeus na Alemanha, o SOS Racismo e os Antifas são apenas um isco para atrair pessoas de índole racista e/ou anti-esquerdista, e um bode expiatório muito útil para unir forças desavindas. Esperamos que a Polícia e o Ministério Público façam bem o seu trabalho, mas isso não basta. Há muito mais para fazer: - a classe política tem de dar sinais inequívocos de que não há lugar para nazis na Democracia portuguesa; - os media têm de estar atentos para não promoverem o branqueamento destes movimentos (como o caso desastrado do programa do Manuel Luís Goucha, por exemplo), nem porem as suas caixas de comentários ao serviço da estratégia de crescimento de grupos nazis; - a sociedade civil tem de estar permanentemente atenta às tentativas de infiltração e de angariação de seguidores; - têm de ser criados canais expeditos para que as empresas gestoras das redes sociais tenham uma actuação responsável no sentido de impedirem que o seu espaço seja usado para atacar a ordem democrática. E agora, senhoras e senhores, convido para um pequeno passeio pela lixeira ideológica que se está a erguer no nosso país:










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