01 janeiro 2020

o meu 2020 já está a começar bem

Meus queridos amores,
era só para dizer que acabei de descobrir que no site da Arte é possível assistir ao concerto de ano novo dos filarmónicos de Berlim (espero que seja possível em Portugal também). Ficará online durante um mês.
E para dizer que estou a adorar ver o Petrenko a dirigir. Agarrem-me que... (mas o Simon Rattle que não saiba, combinados?)
O palerma do câmara esqueceu-se de reparar no Edicson Ruiz. Ninguém me deixa mandar, dá nisto. 
Se não tiverem tempo para ver o concerto todo podem ir logo para aquele momento a 24:42: o tema de "Maria e Tony" começa num violino, passa para a trompa do Stefan Dohr em dueto com o oboé do Albrecht Mayer. Daí a pouco a câmara avança por trás da orquestra, e apanha o Edicson Ruiz de costas a tocar o seu contrabaixo. É fácil de reconhecer: é aquele músico de fato preto (hihihihi).
Entretanto já estou na última peça, o Americano em Paris. E é oficial: o realizador é um marreta. Não reparou na beleza dos movimentos dos ombros do Petrenko! Naquelas partes em que o maestro dança com mais graciosidade, o pateta do realizador mostra os violinos ou outros instrumentos quaisquer. Mas que triste vida.

Por seu lado, o câmara do bloco C só sabe fazer aproximações à orquestra tipo "à drone"! Mas ele esteve no ensaio geral, que eu bem vi (estava três filas atrás dele). Como é que não reparou que em alguns momentos tinha de abrir a lente ao máximo e mostrar a dança nas costas do maestro? Como é que não disse ao realizador "chefe, olhe que isto não é só música, olhe que tem ali no meio um bailarino de primeira a pedir longos grandes planos! Não é para mim, é para a Helena."?
Pfffff! Deixassem-me mandar, pá.

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