Contou-me um casal amigo: no princípio da sua história de amor, em férias no Pantanal, entraram numa lagoa e um peixinho vermelho veio ao encontro deles. Muitos anos depois falavam - com olhos brilhantes e um sorriso enorme - da doçura desses momentos, da dança aquática dos três, do peixinho que se encostava à pele deles, se afastava e regressava. Mágico, diziam, e até se esqueciam de parar de sorrir.
Hoje foi a minha vez.
Fui passear o Fox, e um besouro veio ao meu encontro e foi ficando. Ora na orelha esquerda, bzzzzzzzz, ora na direita, bzzzzzzzzzzzzzzz, ora ensarilhado no meu cabelo, bzzz bzzzz bzzzzz bzz bzz bzz bzzzzz, ora ganhando distância, ora vindo direito a mim. Tão a direito, que se estampava. Ora no meu braço, bzzzzz zás!, ora na minha bochecha, bzzzzzzz bschlszás! E voltava à orelha esquerda, à direita, aos meandros do cabelo...
Em termos de interacção com o mundo animal, só me saem duques.
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