08 março 2017

saltitando suavemente de erro em erro

No primeiro 8 de Março que vivemos em Weimar, em 2003, a Christina trouxe da escola uma rosa vermelha para mim, segundo a tradição na RDA. Entregou-me a flor, toda contente, e eu não me consegui conter. Agradeci, mas desatei a resmungar que isto não vai lá com rosinhas, e que não tem nada a ver com filhos a oferecer flores às mães, etc. etc. etc.
Depois caí em mim, expliquei-me melhor, e pedi desculpa por ser tão desmancha-prazeres.
Ainda agora tenho vergonha da minha reacção - pobre miúda!

Nunca mais me trouxe uma rosa vermelha, e penso que percebeu as minhas razões - que entretanto assumiu como sendo também dela.

Há bocadinho o Matthias perguntou-me se não ia com ele à manifestação das mulheres. Agradeci-lhe ele ir, mas não fui, porque mais uma vez me atrasei muito com a minha vida.
E depois senti muita vergonha: o rapaz vai ter dois exames na sexta-feira, mas arranja tempo para ir à manifestação das mulheres.

Já eu...


1 comentário:

Júlio de Matos disse...


De "erro" em "erro", até ao acerto final, suavemente ou não, parece-me bem melhor do que ir, eventualmente, de acerto em acerto até... pois.


Em boa verdade, nunca se sabe ao certo.