11 janeiro 2017

e eu até sou Soares por parte do avô materno...

Por ocasião do final da vida de Mário Soares, deu a tola nas redes sociais. Ainda pensei em reajustar os trilhos que por lá percorro, mas preferi ficar quieta porque depois o meu facebook ia parecer a resposta à pergunta "se fosses para uma ilha deserta e só pudesses levar 10 pessoas..."

Mantenho o velho critério: quem me falar com arrogância ou falta de educação, vai de vela. Idem para quem pratica repetidamente confusões demasiado grosseiras (alemães e nazis, por exemplo). Para todos os outros, continua a vigorar o regime de tolerância mútua perante espalhanços ao comprido e com estardalhaço, que ninguém é perfeito.

A propósito de espalhar-se ao comprido, uma nota de pé de página sobre os testemunhos mais embaraçosos destes dias: aqueles cujos autores se punham no lugar da pessoa que estava no Vaticano e todos perguntavam quem era o homem de branco ao seu lado. Era só mesmo esse o tipo de selfie que faltava inventar: "olha eu aqui tão importante, que uma vez o Mário Soares até..."

Puxando pela cabeça e pela imaginação, também seria capaz de exibir aqui uma ou outra selfie do Mário Soares comigo. Mas, e por uma vez sem exemplo, estou a ponto de perceber que o caso não é propriamente sobre mim ou a minha família. Além disso, a melhor dessas selfies que teria para exibir, não posso, porque isto é uma casa de respeito.
(Mas garanto que o Mário Soares nunca chegou a saber o que se estava a passar naquele quarto de hotel na Guarda, quando ele passou com a sua comitiva).


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