22 outubro 2015

não faças a outros como gostarias que te fizessem a ti



No domingo à noite, já bem tarde, saí para mostrar o Festival of Lights a uma convidada nossa. Chovia aquela chuva mole que se mistura com o frio e desperta em nós um irresistível amor pelo sofá, mas era o último dia do festival e ela queria mesmo ir ver.
Na paragem do autocarro havia duas senhoras à espera. Pensando na quantidade de vezes que esperei ali e desejei que alguém me desse uma boleia até ao centro da cidade, parei o carro e perguntei se queriam que as levasse, já que ia fazer boa parte do percurso do autocarro, em vez de continuarem ao frio.
Ficaram surpreendidas, quase chocadas, e uma respondeu de rompante:
- Não está nada frio!

Toma, e aprende. Querias ajudar, e o resultado foi pôr duas mulheres numa situação desconfortável, obrigadas a inventar desculpas completamente estúpidas, e tudo.

(Viram os unicórnios na Porta de Brandeburgo? Sou eu e as minhas boas intenções, triste vida...)


2 comentários:

Cristina Torrão disse...

«Quando a esmola é grande, o pobre desconfia». Mesmo quando não há nada para desconfiar. Mas é tão raro... ;)

Jaime Santos disse...

Deixe lá, tentou ajudar, fez o que devia. Quem recebe a oferta tem sempre liberdade de a recusar, como foi o caso...