02 outubro 2015

ainda nem tomei o pequeno-almoço e já o dia me vai a meio


Às sete da manhã, pronta para levar o Joachim ao trabalho e trazer o carro para casa, ouvi barulho na rua. Era o camião que vinha trazer a minha terra. Plano B: vou antes buscar o carro ao aeroporto, a meio da tarde.
O Joachim saiu, eu fui falar com o senhor do camião, afinal era a terra do vizinho.
Já que estava na rua, levei o Fox ao lago. Parecia um filme: a família de cisnes dormitava no meio da neblina que nascia da água. Voltei a correr para casa em busca da máquina fotográfica. Tive de fazer um desvio porque o cão que o Fox elegeu como inimigo estava no nosso caminho. No meio do caminho havia um inimigo, havia um inimigo no meio da cabeça do maluco do Fox: rosna e arreganha os dentes a um pastor alemão que é dez vezes maior que ele, por causa de uma cadela que é do tamanho do pastor alemão (ou seja: literalmente inacessível). Agora que os miúdos cresceram e ganharam juízo, temos um cão no-risk-no-fun, um YOLO, um kamikaze. É um dos que morrem de pé, dos que "os têm no sítio" - e está-se mesmo a ver que um dia destes ainda vai sobrar para mim, por conta das maluquices deste rafeirinho de pelo na venta. Machos! 
Voltei ao lago sussurrando ordens ao Fox para não espantar os cisnes. Já não estavam lá, malditos madrugadores. Tirei umas fotografias, e viemo-nos embora. Falei com o vizinho, elogiei a terra dele (é bem verdade que a propriedade modifica as pessoas: nunca imaginei que me interessaria pela cor, textura e composição química de um monte de terra!), pedi-lhe que falasse com o ajudante dele, a ver se me vem ajudar também a mim, ele telefonou, o ajudante ainda estava a dormir, vim para casa. Hora de tomar o primeiro café da manhã. 

Nota mental: não sair nunca de casa sem máquina fotográfica. Ah, e meias. Ah, e luvas. Ah, e secar o cabelo antes de sair para a rua. Brrrrrrr.

 
  
 

 

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