10 julho 2015

Portugal precisa de um rei...



Desconfio que quem escreveu este texto também deixou cair a chávena de café em cima do teclado, e ficou sem a tecla de ponto final. É pena, porque com tanto e isto e aquilo e aqueloutro perdi o pé e já não sei ao que iam.

Mas percebi que os reis não custam dinheiro de reforma, e só isso já era um bom motivo para Portugal ter um rei - pelo menos nunca mais tínhamos um presidente da República a trabalhar reformado, e a achar que em assim sendo já não precisa de cansar muito a cabeça (sim, estou a falar daquele magnífico espírito de estadista demonstrado na frase sobre os 18 que restam se a Grécia sair, por exemplo).

E agora a sério: perante coisas destas, lembro-me sempre de uma crónica do Luís Sttau Monteiro (estou em crer que era dele, e que foi na revista da Torralta) quando nasceu o primeiro filho do Carlos e da Diana. Se bem me lembro, o título era: "se o William soubesse, preferia não ter nascido" e falava do paradoxo de o máximo representante de um povo de gente livre ser a pessoa menos livre do reino. Sem liberdade para escolher o seu destino, a religião, o cônjuge, a carreira profissional, a objecção de consciência no serviço militar - nada. Em Portugal, a situação dos membros da família real ainda é pior: este nosso pobre Afonso, além de viver sob o peso opressor de uma "second life" misturada com a vida quotidiana, ainda tem de se sujeitar a um clube de fãs deste calibre.


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