21 maio 2015

"o Diogo largou um gato da varanda do seu quarto"




(Foto: Aventar, onde se informa este exercício é da autoria de António José Silva e Cláudia Simões, no novo manual de Físico-Química para o 9º ano, intitulado Zoom, publicado pela Areal Editores.)


6. O José fez uma espera à porta do bar onde se encontrava o professor que escreveu este exercício, para se vingar da má nota que recebeu por ter respondido a todas as perguntas com "Não sei, mas vou perguntar à Sociedade Protectora dos Animais". Sabendo que o professor todos os dias sai daquele bar com uma taxa de alcoolemia de cinco por mil, e que só bebe cervejas, à velocidade média de dois minutos por mini,

6.1. Faz um desenho da cara do professor enquanto escrevia a pergunta sobre atirar um gato de uma varanda a 5 m do solo.

6.2. Escreve uma redacção sobre o tema "Atirei o pau ao professor - a Ética na Educação"


7 comentários:

Lucy disse...

estás a brincar, não estás?

Helena Araújo disse...

Eu? Estou.
Mas parece que aquele exercício de uma pessoa a atirar um gato de uma varanda é mesmo verdade. A primeira coisa em que pensei foi que fosse piadinha da internet. Mas, pelo que diz o Aventar, não é assim. É mesmo um livro de exercícios para o 9º ano.

Alter Ego disse...

Na realidade, achei muito interessante, quando já estava na universidade um professor me explicar o príncipio físico que permite que os gatos consigam sobreviver a grandes quedas. É um tema muito giro. Como ele dizia, porque eles são espertos e vão dissipando a energia (porque giram sob eles próprios durante a queda): isso e porque são muito "elásticos" o que permite amortecer o resto da energia quando chegam ao chão. Apesar de não achar o mais apropriado, principalmente pela idade em que estão os destinatários do exercicio, não posso deixar de salientar que existe uma diferença entre estudar os príncipios que regem o mundo e fazer experimentações em animais. ;)

jj.amarante disse...

Atendendo a que estou a colocar um texto na internet, mesmo sabendo que se trata de um sítio muito exclusivo (quer dizer, com um número moderado de leitores, nada que se compare ao facebook do Cristiano Ronaldo), manifesto assim o mais vivo repúdio por este exercício com um enunciado imbecil e desrespeitador dos animais, designadamenrte dos de estimação e mais especificamente dos gatos.

Este enunciado demonstra também que aprender Física não contribui directamente em nada para aperfeiçoar a moral do aluno.

Ainda persistem músicas com letras más como o "atirei o pau ao gato" ou a do Sebastião e sua mulher, nesta última apareceu finalmente uma versão razoável.

Havia uma história dum gato no blogue "Contemplamento" há muito extinto. Tem tido notícias da Gabriela que se zangou consigo, já não me lembro porquê?

Helena Araújo disse...

Alter Ego,
acredito que sim.
E mais não digo.

jj. amarante,
não me lembro desse post no Contemplamento.
(Justiça lhe seja feita: eu é que me zanguei com a Gabriela. Mas isso não são conversas para aqui.)

Helena Araújo disse...

(Convém acrescentar que continuo a considerar muito a Gabriela. Raramente conheci uma pessoa com tão bom carácter.)

snowgaze disse...

Por falar em gatos, se bem me lembro, havia um estudo interessante: se um gato caísse de um prédio, a probablidade de "cair de pé", que é como quem di, sobreviver, é muito alta desde que não caísse do sétimo andar. A justificação dada tinha qualquer coisa a ver com isto: acima do sétimo andar, a altura era tanta que permitia ao gato atingir uma espécie de velocidade e posição de cruzeiro que lhe permitia sobreviver, abaixo desse andar, ele não chegava a atingir uma velocidade que o matasse. Do sétimo andar tinha o problema de estar entre as duas situações e como tal, não se safava.
Isto não era bem uma experiência, era o resultado do estudo do que acontecia a gatos que moravam num certo prédio alto e que acidentalmente caíam. Mas se calhar esta história era um mito urbano.

Com esta história da experiência dos gatos fico aqui com um problema grave de consciência. Quando o meu filho andava a estudar essas coisas - projécteis, momentos, essas coisas da física - lembro-me de inventar problemas marados. Do género: és lançado de um foguetão a uma velocidade x com inclinação y, onde é que tem que estar um colchão para te safares. Na altura pareceu-me que era preciso imprimir algum drama cómico à situação para entusiasmar o miúdo. E acho que também havia um em que o Bob era projectado de um sítio e o Bill de outro, e a questão era se chocavam ou não, o que, se formos bem a ver, é uma variação dos comboios que viajam à velocidade tal em direcção um ao outro. Se calhar, se formos bem a ver, temos que reescrever os manuais todos. ;)

(isto sou eu a desconversar, adoro gatos mas o problema de física não me choca, e pelos vistos estou sozinha)